Brasil sobe 47 posições em ranking global de liberdade de imprensa

 

Gráfico com a bandeira do Brasil e mapa-múndi ao fundo destacando a subida do país no ranking de liberdade de imprensa — imagem gerada por IA.
Gráfico com a bandeira do Brasil e mapa-múndi ao fundo destacando a subida do país no ranking de liberdade de imprensa — imagem gerada por IA.

Relatório da RSF mostra avanço expressivo na classificação mundial do país

O Brasil subiu 47 posições no ranking de liberdade de imprensa de 2025, divulgado pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). A nova colocação posiciona o país na 89ª posição entre 180 nações, um dos maiores avanços já registrados em um único ano.

Segundo a RSF, o resultado reflete a melhoria do ambiente para jornalistas, especialmente após mudanças políticas e institucionais que reduziram ameaças, intimidações e ataques à imprensa.

Contexto: como funciona o ranking da liberdade de imprensa

O ranking elaborado anualmente pela Repórteres Sem Fronteiras avalia cinco critérios principais:

  • Contexto político

  • Estrutura legal

  • Ambiente econômico

  • Contexto sociocultural

  • Segurança dos jornalistas

A pontuação geral resulta da média ponderada desses elementos. O avanço do Brasil se deve, principalmente, à melhora nos índices de segurança, estrutura legal e contexto político, segundo o relatório.

Cenário anterior era marcado por riscos à imprensa

Nos últimos anos, o Brasil enfrentou sucessivos rebaixamentos no ranking, especialmente por conta de:

  • Crescimento de discursos de ódio contra jornalistas

  • Censura velada

  • Agressões físicas e verbais em coberturas ao vivo

  • Tentativas de deslegitimar a imprensa

Esse cenário começou a mudar após a posse de novas lideranças políticas e o reforço institucional de órgãos de proteção à liberdade de expressão.

Mudanças que contribuíram para a melhora

Entre os fatores destacados pela RSF que contribuíram para o avanço no ranking estão:

  • Redução de ataques diretos de autoridades contra jornalistas

  • Reforço no papel de instituições democráticas

  • Maior abertura ao diálogo entre governo e veículos de mídia

  • Investimentos em políticas públicas para proteção de comunicadores

Organizações brasileiras da sociedade civil, como a Abraji e a Fenaj, também destacam o esforço conjunto de profissionais, sindicatos e entidades internacionais na defesa do jornalismo livre.

Brasil ainda está abaixo da média mundial

Apesar do avanço, o Brasil ainda permanece na metade inferior da classificação global. A RSF alerta que o país precisa consolidar seus avanços com:

  • Políticas duradouras de proteção à imprensa

  • Combate à desinformação

  • Garantias legais contra censura e perseguições

Na América do Sul, países como Uruguai e Chile seguem em posições mais elevadas, destacando-se por ambientes mais estáveis para a atuação jornalística.

Quando devo procurar mais informações?

Se você trabalha com comunicação, acompanha o cenário político ou atua com produção de conteúdo, vale acompanhar os relatórios anuais da RSF e iniciativas da Unesco sobre liberdade de imprensa. Eles são referências importantes para avaliar a saúde democrática de um país e os desafios que jornalistas ainda enfrentam.

Fonte: Agência Brasil

Comentários